Mas, a contrario sensu,
as pessoas deixam de exercer a cidadania, em razão de paixões impudicas que
exorbitam do universo ideário das massas silenciadas pela ação predatória da
capacidade racional, imposta pelos ciclópicos programas de deseducação, já
presentes no Brasil quando, ainda, Província de Portugal.
Contudo, atos políticos não são, necessariamente, praticados
pelos profissionais da política. Em uma visão mais abrangente, até mesmo, a
omissão é um ato político, como, também, a negligência o é. Desta forma, todos
os entes de uma sociedade praticam atos políticos, alguns positivos e outros
negativos, proativos, reativos, ou ainda, indolentes. Todos os atos políticos
podem ser positivos ou negativos, tanto no ato em si, quanto nos seus
respectivos exaurimentos, a exceção dos atos indolentes, estes, sempre são
negativos, de tal forma, que existem casos de não se exaurirem, necessitando de
atos específicos que sustem seus efeitos.
As mídias são os veículos de comunicação dos atos políticos,
contudo, também são praticantes de atos políticos, como a Revista Veja, partidária
da ultra direita e manipulada por interesses mesquinhos e perversos. Sua
intenção é causar o desânimo ao cidadão, gerar frustração no povo brasileiro,
desacreditar as instituições nacionais que não se alinham com a extrema direita,
ainda que sejam o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal.
É um dever poder julgar os atos políticos praticados pelas mídias e realisar
um ato reativo quando percebida a má fé objetiva ou não de manipular as
consciências dos cidadãos, para o que declaro: a liberdade de imprensa é um
direito inalienável em sua vocação informativa e manifestação clara e própria de
opinião. Contudo, quando as mídias criam atos políticos, adulterando
informações ou mesmo criando-as, pinçando fatos como quem retira peças de um
quebra-cabeça gigante e montando outra realidade fática por supostos indícios; cessa
o conceito de imprensa opondo-se a este o conceito de agente político. Desta
forma, é dever poder o julgamento cidadão e, se for o caso, o julgamento
judicial.