O tempo é um eterno fugitivo, por isso, a vida deve ser intensa e a intensidade de viver advém de valores benéficos a sua continuidade, pois o dia seguinte está por amadurecer e deverá ser vivido com a mesma intensidade de hoje. Tempus Fugit, Carpe Diem.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ATOS POLÍTICOS NÃO SE DEFENDEM E NEM SE ATACAM, MAS É UM DEVER CÍVICO ANALISÁ-LOS. O CIDADÃO PRECISA SER O MAGISTRADO QUE JULGA OS ATOS E SEUS RESPECTIVOS EXAURIMENTOS, COM ISENÇÃO.


Mas, a contrario sensu, as pessoas deixam de exercer a cidadania, em razão de paixões impudicas que exorbitam do universo ideário das massas silenciadas pela ação predatória da capacidade racional, imposta pelos ciclópicos programas de deseducação, já presentes no Brasil quando, ainda, Província de Portugal.

Contudo, atos políticos não são, necessariamente, praticados pelos profissionais da política. Em uma visão mais abrangente, até mesmo, a omissão é um ato político, como, também, a negligência o é. Desta forma, todos os entes de uma sociedade praticam atos políticos, alguns positivos e outros negativos, proativos, reativos, ou ainda, indolentes. Todos os atos políticos podem ser positivos ou negativos, tanto no ato em si, quanto nos seus respectivos exaurimentos, a exceção dos atos indolentes, estes, sempre são negativos, de tal forma, que existem casos de não se exaurirem, necessitando de atos específicos que sustem seus efeitos.

As mídias são os veículos de comunicação dos atos políticos, contudo, também são praticantes de atos políticos, como a Revista Veja, partidária da ultra direita e manipulada por interesses mesquinhos e perversos. Sua intenção é causar o desânimo ao cidadão, gerar frustração no povo brasileiro, desacreditar as instituições nacionais que não se alinham com a extrema direita, ainda que sejam o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal.


É um dever poder julgar os atos políticos praticados pelas mídias e realisar um ato reativo quando percebida a má fé objetiva ou não de manipular as consciências dos cidadãos, para o que declaro: a liberdade de imprensa é um direito inalienável em sua vocação informativa e manifestação clara e própria de opinião. Contudo, quando as mídias criam atos políticos, adulterando informações ou mesmo criando-as, pinçando fatos como quem retira peças de um quebra-cabeça gigante e montando outra realidade fática por supostos indícios; cessa o conceito de imprensa opondo-se a este o conceito de agente político. Desta forma, é dever poder o julgamento cidadão e, se for o caso, o julgamento judicial.

NA DEMOCRACIA SEM LEI, HÁ DE PREVALECER O MAIS FORTE; É UM TOTALITARISMO DESORGANIZADO!



Perdoem-me os liberais, mas qual a importância desta reportagem? Fontes dissimuladas, desmentidos para agências internacionais; resumindo, NADA! Desculpem, esqueci-me das eleições municipais e que o candidato liberal pós-keynesiano da Cidade de São Paulo entrou na campanha eleitoral com o paraquedas furado. Mas se o PT pode nomear um Ministro de Estado, os tucanos também podem reagir com ações contundentes, ainda que impróprias para os seres pensantes. É assim que funciona um Estado muito mais democrático do que de direito. Viva a democracia!!!

SOBRE A FALTA DE LÍDERES NOS MERCADOS


Líderes não são feitos, nascem líderes e poderão ou não liderar algum grupo. Aos líderes precisamos ofertar o ensino libertador, jamais o doutrinador. Essa pequena diferença conceitual faz com que os líderes se moldem ou se acovardem diante das exigências corporativas; na hipótese de não acontecer nem a moldagem e nem a covardia, ele é mandado embora.

Tem muitos anos quando, pleiteando uma vaga de executivo, fui à São Paulo e passei de nove horas da manhã até cerca de quinze horas fazendo entrevistas. Em seguida a última entrevista, recebi um papel e uma caneta Bic azul com o desafio de fazer uma redação. Quem olhar meu perfil poderá verificar que tenho uma produção literária razoável, contudo, conhecendo algumas das áreas dos saberes humanos, achei um absurdo científico o conjunto da obra, ou seja, a falta de lógica propositada na sequência das entrevistas e o tema, bem como, o momento em que solicitaram a redação. E foi isso que escrevi na redação.

Monica, gostei muito do artigo, porém, gostei muito mais do tema. É muito oportuno! Líderes decidem, em situação de urgência, assumem até a responsabilidade dos acionistas; são proativos e inovadores; precisam ser convencidos pela razão, jamais pela hierarquia ou ameaça de perder o emprego. Um trabalhador líder não se amolda a cumplicidade imbecil, potencialmente predadora da dignidade das pessoas.

Mas as corporações, por seus agentes diretivos, não desejam realmente a presença de líderes. Vivemos uma derivação do fordismo e todo o foco da educação está voltado para a funcionalidade, que, a meu sentir, não é apenas técnica, mas, sobretudo, comportamental.

Li ontem um artigo do Lenio Luiz Streck: Procurador de Justiça no Rio Grande do Sul, Doutor e pós-Doutor em Direito: "[...] essa Justiça em constante transição simbólica precisa realizar uma filtragem hermenêutico-constitucional dos tipos penais que aí estão, para que abandonemos o modelo de proteção máxima do “ter” e o desrespeito com o “ser” (humano)". "[...] O que quero denunciar é que se coloca uma espécie de alternativa ruim para a vítima: “Não dê mole para o assaltante...; não aparente posses etc.” Com isso, inverte-se a relação que está lá na Constituição: há um direito fundamental à segurança pública. O sujeito é assaltado e se diz: “Também... o trouxa ficou dentro do carro... veio o assaltante e, bingo (!), consumou o ato.” É?! Quem sabe podemos ler isso de modo diferente? É um direito do cidadão andar por aí, pelas ruas etc. É o Estado que deve dar segurança para o cidadão. O cidadão está certo. O assaltante, não. O quero dizer é que isso deve ser comunicado à vítima. O cidadão deve saber que o Estado se importa com ele."

Essa inversão de valores denunciada pelo Dr. Streck em relação ao Estado e a cidadania, ocorre, de igual modo, com os líderes que se deixam perceber no mundo corporativo. Fui mandado embora! Mas, também, veja o que você fez. Reclamar do não pagamento de horas extras para o seu setor! E incluindo todo mundo! Absurdo.

CORRUPÇÃO UMA EPIDEMIA SOCIAL


A corrupção deixa de ser somente um crime e assume características de uma doença social, quando já não se consegue perceber o que é certo e errado, percebe-se, apenas, o que é bom ou não é. O bom evolui para o senso comum e, o que deveria ser um ato moralmente reprovável, além de ser um tipo penal, passa a ser aceito como uma norma de conduta social em defesa dos interesses individuais.

 Vejo uma clara diferença entre o caixa de mercearia, que oferece desconto ao cliente para não registrar a venda, como também, o cidadão de média renda que é extorquido em R$ 50,00 pelas autoridades policiais em razão do não pagamento do defenestrado e inconstitucional IPVA (4% do valor do veículo, arbitrado pelas SEF) e, aqueles, que pelo poder que possuem, assaltam milhões do erário.

Mas a causa é a mesma, o poder de realização é que é diferente. Nossa sociedade incorporou na moral e nos bons costumes que levar vantagem, ainda que de forma ilícita, é uma coisa normal. Se é de conhecimento público que todas as campanhas políticas são financiadas pelo erário, através de corrupção e lavagem de dinheiro, não se explica os seguidos escândalos mais recentes. Os fatos deveriam ser encarados como consequências normais de quem foi pego.

Vejamos um recente escândalo, reincidente em áreas rurais. O Poder Executivo Liberou uma fortuna para as obras do PAC, no caso em tela. trata-se da construção de residências para pessoas de baixa renda. Não me atrevo a imaginar o quanto de recursos foram desviados, mas, de certo que os registros fotográficos de representantes e autoridades brasileiras na Europa, não revelaram, tão somente, uma incontrolável paixão pelos esportes. No mês de agosto a grande mídia carioca, em reportagem investigativa, divulgou que os beneficiados pelas unidades residenciais, embora impedidos por Lei e contrato, estavam vendendo as unidades. Em alguns conjuntos residenciais já se formara uma espécie de cooperativa de venda.

A mídia se calou, pois a responsabilidade legal pela fiscalização é do Estado, como não há interesse no confronto com o atual Governador, o assunto foi esquecido.

Ao meu sentir, a sustentabilidade econômica, produtiva e desenvolvimentista; qualidades econômicas inerentes aos seres humanos, passam pelo Estado Político, pelo Estado Legislador e Julgador, pela economia privada e pela sociedade num todo. Numa visão mais abrangente, a sustentabilidade econômica não é mais uma opção, é um imperativo planetário. Claro que ampliamos o tema a microrregiões e consideramos o Princípio da Dignidade da Vida Humana, que é mais abrangente do que somente a dignidade da pessoa humana.


Se a contaminação pela corrupção, que nasce das relações dos entes públicos  com os entes privados, em torno dos grandes interesses econômicos e atinge a sociedade num todo, passando a ser a "regra" ou o senso comum, como obter-se uma mudança de paradigmas que inclua de fato e de direito a sustentabilidade nas ações econômicas?